A adolescência é um período de intensas transformações e desafios na vida de qualquer pessoa. Mas a questão é diferente quando se trata da pessoa com deficiência, como é o caso do nanismo. Neste momento da vida, a compreensão da própria imagem e a comparação com os outros se intensificam.
Para adolescentes com nanismo, lidar com as diferenças corporais pode ser um caminho repleto de obstáculos. Muitas vezes, eles enfrentam a pressão de se encaixar em padrões de beleza e altura impostos pela mídia e pela sociedade.
“Essas referências podem alimentar sentimentos de inadequação, fazendo com que se sintam "menores" ou menos valiosos em relação aos seus pares. A exposição a imagens e histórias que exaltam um ideal de corpo “normal” pode gerar uma luta interna entre a aceitação da própria identidade e a necessidade de conformidade”, explica a psicóloga Loren Quireli.
É crucial que o diálogo sobre amor próprio e aceitação comece em casa. Os pais desempenham um papel fundamental nesse processo, oferecendo um ambiente seguro e encorajador. Eles podem ajudar os adolescentes a entender que a diversidade é uma riqueza e que cada corpo, independentemente de suas características, possui sua própria beleza e valor. Ao promover discussões sobre autoestima e as pressões sociais, os pais podem incentivar seus filhos a se amarem e se aceitarem como são.
Ela ainda reforça que, além disso, é importante que os adolescentes com nanismo contem com referências positivas, sejam elas figuras públicas, livros ou filmes que representem suas experiências de forma realista e empoderadora. “O engajamento em comunidades e redes sociais que celebrem a diversidade pode ser uma forma eficaz de fortalecer a autoestima e a sensação de pertencimento”, explica.
O processo de aceitação é contínuo e envolve apoio emocional, educação e a construção de uma comunidade inclusiva. Ao enfrentar os desafios da adolescência, a presença ativa dos pais e a promoção de um ambiente que celebre a diversidade podem ser decisivas para que jovens com nanismo amadureçam com confiança e amor próprio, atentos a seu valor intrínseco, independente das expectativas externas.
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